Mostra Copa do Mundo 2022



 

Análise do Filme: O Filme O Ano Em Que Meus Pais Saíram de Férias


 Olavo Braga Evaristo[1]

 

O Filme O Ano Em Que Meus Pais Saíram de Férias é um longa-metragem produzido em 2006 e dirigido por Cao Hamburger. O nome do filme faz uma metáfora aos acontecimentos de dois pais que foram presos durante a ditadura militar na década de 70.

O longa contado pelo menino Mauro retrata a sua história. Ele deixado pelos seus pais com seu avô com alegação de que iriam sair “de férias” por conta das suas posições políticas, o que fizeram “sair de férias” na visão de Mauro, mas na verdade estavam fugindo dos militares do regime, no entanto, no dia de sua chegada seu avô morre e Mauro fica sob a responsabilidade de um senhor judeu Scholomo que era vizinho de seu avô.

Enquanto o garoto tenta se ambientar nesse novo bairro diferente do que estava acostumado, o filme retrata a ambiguidade que estava presente naquele contexto, de um lado um sutil e disfarçado clima de tensão que a ditadura compunha, e de outro a alegria e a importância que a copa do mundo representava para o povo.

Ao longo da história e com o passar dos jogos da copa, o menino começa a sentir a falta dos pais, já que os mesmos haviam o prometido que voltariam no final da copa. Neste meio tempo Mario faz amizades com os garotos da comunidade, partindo de tais convivências, presencia o ar da sexualidade ao ver por uma abertura de provador mulheres se trocando, bem como o preconceito que alguns carregavam contra os judeus.

Chegando próximo ao jogo final, o protagonista começa a notar as prisões feitas ao ar livre sem motivo, até sua ficha cair ao presenciar um ataque a uma universidade próxima do bairro, onde vários estudantes são presos à força, voltando para sua casa ajuda um amigo de seu pai que morava no mesmo prédio, neste momento a verdade sobre as férias vem à tona, quando o refugiado comenta que precisa tirar “umas férias” também se não duraria muito tempo.

Chegada a final o Brasil é tricampeão, todos comemoram, o senhor judeu Scholomo junto ao rabino consegue ajudar sua mãe é nessa época retorna para buscá-lo, seu pai, entretanto, não retorna com ela. Ao final do filme, ele conta que fora exilado, sem, porém, entender o real significado da palavra.

 

 



[1] Acadêmico de licenciatura em Educação Física pela Universidade Estadual de Goiás (UEG), Unidade Universitária Goiânia - ESEFFEGO. Bolsista, financiado pela UEG, no Projeto de Extensão Tela Dialética, no curso de Educação Física ESEFFEGO.

BOLEIROS (em 19/10 - quarta-feira - sessões às 7h e 18h - SALA 09 - UEG ESEFFEGO)

 


DISCENTE: Gabriel Gonçalves Coelho 

Na obra fílmica Boleiros - Era Uma Vez O Futebol, dirigido por Ugo Giorgetti, lançado no ano de 1998, é retratada a cena de uma roda de amigos no bar típico de São Paulo, onde estrelam artistas (e seus respectivos papéis) como Adriano Stuart (Otávio), Flávio Migliaccio (Naldinho), Otávio Augusto (Virgílio), Cassio Gabus Mendes (Zé Américo), Rogério Cardoso (juiz), e assim a trama se desenvolve, criando várias nuances que serão descritas mais à frente. No bar, o qual os personagens estão reunidos, possui uma parede decorada com diversos quadros com diferentes fotos de vários personagens, que são todos boleiros, profissionais e ex-profissionais do futebol. A partir do contato dos integrantes da mesa com as fotos estampadas na parede, se inicia um bate-papo acerca de lembranças dos tempos de futebol dos personagens envolvidos. A obra fílmica se dá por meio de gravações do momento da conversa entre os personagens e também de recordações dos mesmos, que são apresentados ao público. 
As memórias dos personagens na mesa vão desde como o futebol era influenciado pelo poder financeiro de determinados indivíduos que compravam a parcialidade do juiz em determinados jogos o que demonstra que o futebol já apresentava corrupções naquela época. Ademais, já em outra recordação, outro personagem se recorda de momentos em que os jogadores se preparavam para um dia de jogo importante em um hotel e, pelo jogador que conta a história ser novo no time e também ser negro, um dos jogadores veteranos se aproveita do seu "poder" para que o novato deixasse o seu quarto enquanto o jogador veterano se aproveitava de uma mulher que ele conheceu no café da manhã do hotel, o que ilustra a presença do machismo e do preconceito racial presentes no futebol desde aqueles tempos até os dias atuais. 
Outra narrativa discutida no filme é a de que em determinados locais, como áreas de predominância de gangues ou quadrilhas, o futebol possui algumas dificuldades, principalmente em relação ao treinamento de crianças para o aperfeiçoamento e profissionalização nesse esporte. Uma vez que esses grupos conseguem recrutar crianças com nível social de vulnerabilidade para efetuar trabalhos dentro da organização de menor importância, portanto, ações adjacentes como o estudo e a prática de esportes de lazer podem interferir nos interesses da organização, o que prejudica o desenvolvimento do menor envolvido. 
Chegado o término da obra, há uma reflexão imposta pelos personagens sobre o que eles representaram durante suas carreiras nos tempos passados e como eles eram vistos pelas pessoas depois da fama ou da prática do futebol como uma atividade profissional. Logo após isso, os personagens chegam à conclusão de que tudo o que foi vivido será sempre lembrado pelas memórias não apenas deles, mas de todos aqueles que minimamente acompanharam o seu trabalho.

Gabriel Gonçalves Coelho 

GERALDINOS


 

 

Resumo

Discente: Marcos Alves Cavalcante

 

       O filme relata as mudanças ocorridas no estádio Maracanã ao longo dos anos, principalmente em 2010, quando houve uma mudança de concepção, passando a ser um local mais da elite e espetáculos e menos de sociabilidade, como era antes. O filme é dedicado principalmente aos torcedores da época de 1950, quando o público principal era o povão, assistindo a jogos na torcida, onde era possível ouvir xingamentos aos técnicos e juízes. Geraldino era o mais pobre, porém um grande torcedor. Hoje o estádio já não é tão acessível, como antes, visto o valor do preço dos ingressos e sua capacidade reduzida, não existe mais a área da Geral, que contemplava os ingressos mais em conta, tornou-se um local elitizado.