Nascido em Gaza (Documentário) em 22/05/2024



(Escrito por: Renato Coelho)

Atualmente em 2024, o Estado de Israel, governado por políticos da extrema direita, promove um genocídio do povo Palestino residente na Faixa de Gaza. O Estado fascista israelense, sob o pretexto de combater terroristas do grupo Hamas, ataca moradores indefesos, na maioria mulheres e crianças, com mísseis, bombas, tanques, drones e caças supersônicos, a fim de realizar uma limpeza étnica na Faixa de Gaza, tentando exterminar por completo o povo Palestino. Obrigados a realizarem deslocamentos em massa, num verdadeiro êxodo em direção ao Sul da Faixa de Gaza, a mando do exército de Israel, homens, mulheres e crianças palestinas se veem em condições desumanas, sem moradia, sem alimentos, sem água, sem comunicação e sem serviços públicos básicos, provocando uma crise humanitária sem precedentes na história e sob o silêncio e a conivência das maiores potências globais, aliadas de Israel. Porém, as manifestações livres e populares contra o genocídio em Gaza se multiplicam pelo mundo, ajudando a ecoar os gritos dos palestinos por paz e liberdade.

O Documentário “Nascido em Gaza”, produzido em 2014 e dirigido por Hernán Zin, retrata a ofensiva militar israelense realizada em 2014 na faixa de Gaza, ou seja, dez anos antes do atual genocídio que ocorre hoje na Palestina. O documentário é narrado por dez crianças palestinas que vivenciaram os horrores das investidas militares de Israel em Gaza. Os temores e as aflições do cotidiano marcado por bombardeios constantes em casas, ruas e bairros de Gaza, relatados pelas palavras e sob os olhares de crianças palestinas. Os sonhos, as lembranças, as histórias e as marcas profundas da barbárie dos conflitos em Gaza são descritos em detalhes por crianças palestinas, que perderam o tempo do brincar, o tempo da escola e o tempo da intimidade familiar para se refugiarem dos ataques do exército de Israel. Literalmente, em meio ao fogo cruzado, entre mísseis e bombas lançadas pelo Estado fascista de Israel, o documentário mostra a desproporção de um conflito,  que tem de um dos lados, famílias desarmadas, em sua maioria formada por mulheres e crianças, e do outro lado, um dos exércitos mais bem equipados do mundo, bombardeando cidades e casas de forma covarde, cínica e desumana. Este documentário mostra a verdadeira face dos ataques de Israel em Gaza, sem a manipulação ou censura de grande parte da imprensa mundial, denunciando a barbárie do Estado de Israel, em sua obstinada e incansável tentativa para exterminar o povo Palestino, através de um genocídio planejado, numa demonstração desesperada em salvar o decadente, impopular e fatídico governo de Benjamin Netanyahu,  e ao mesmo tempo ocupando as terras em Gaza,  para exterminar toda a cultura e a herança de um do povo indefeso e faminto por comida e por liberdade.


 

Cine Debate Apresenta: "Einstein e a Bomba" (documentário) dia 24/04/2024 (quarta-feira às 17h30) Auditório Eseffego UEG Goiânia


 
"Eu cometi um grande erro na vida. Se eu soubesse que os alemães não conseguiriam produzir uma bomba atômica, eu não teria participado da abertura dessa caixa de Pandora."  (Albert Einstein)


(Escrito por Renato Coelho)

O documentário "Einstein e a Bomba", lançado em 2024 e dirigido por Anthony Philipson, traz diálogos e imagens extraídas de documentos, cartas e vídeos do próprio arquivo pessoal de Albert Einstein. Considerado o "maior gênio da humanidade", criador da Teoria da Relatividade, e ganhador do prêmio Nobel, Einstein participou diretamente do projeto de criação da Bomba Atômica. Ao escrever uma carta, dirigida ao presidente dos EUA, Franklin D. Roosevelt, sobre a urgência em realizar pesquisas sobre armas atômicas, Einstein, então potencializa a corrida pelas pesquisas sobre armas nucleares, culminando na criação do Projeto Manhathan. A justificativa escrita na carta de Einstein, dizia respeito a uma eventual possibilidade, dos nazistas alemães, produzirem primeiro tais tecnologias atômicas de guerra, antes mesmo dos EUA.
Albert Einstein se considerava um pacifista e militante, entretanto, assume seu grande erro por ter participado diretamente da criação do projeto da Bomba Atômica, e que mais tarde, produziria a barbárie e a destruição sem igual, sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, ao final da Segunda Guerra Mundial. 
Einstein participa do Projeto Manhathan, não somente através de suas ideias e teorias da física, mas sobretudo ao assinar e endereçar a sua famosa carta ao presidente dos EUA, que fez acelerar e capitalizar mais recursos para as pesquisas sobre a construção da primeira Bomba Atômica. 
Este documentário, sobre a vida de Albert Einstein, traz respostas, a várias perguntas não respondidas que aparecem no premiado filme e ganhador do Oscar 2024, "Oppenheimer".
O documentário retrata o contexto da barbárie capitalista, do avanço do fascismo e do nazismo na Europa e no mundo, assim como a perseguição e o genocídio realizado contra os judeus na Segunda Guerra Mundial. Mostra ainda a fuga de Einstein da Alemanha, sua terra Natal, em virtude da perseguição nazista, pois o famoso físico era judeu. Além disso, o documentário, retrata também as questões éticas e morais envolvidas na produção da ciência e traz para discussão a não neutralidade da ciência e o verdadeiro papel dos cientistas como sujeitos históricos, não apenas como simples observadores dos fenômenos naturais ou sociais. A ciência não é neutra, e numa sociedade de classes, ela passa a estar a serviço de uma minoria mais rica, e acaba se transformando em mera mercadoria a serviço do próprio capital. 
Com o advento da Guerra Fria, após a Segunda Guerra Mundial, com a polarização do mundo entre países capitalistas e socialistas, houve uma multiplicação exponencial na fabricação de armas nucleares,  colocando em xeque a própria existência humana. Atualmente os gastos com armas nucleares ultrapassam os U$ 82,9 bilhões  de dólares anuais e qualquer país do mundo tem o conhecimento e o acesso às tecnologias necessárias para a fabricação de armas nucleares. O mundo está diante de uma iminente catástrofe nuclear, sem precedentes na história, caso não haja um movimento global pela destruição e extinção das armas nucleares. A "Caixa de Pandora" foi aberta por Albert Einstein e os cientistas de sua geração, agora cabe à geração atual tentar fechar a monstruosa "Caixa de Pandora" e destruí-la para sempre, antes que seja tarde demais. 


CINE DEBATE: ATLETA A (27 e 28 de março 2024) - Auditório ESEFFEGO




(Escrito por Renato Coelho)

O documentário ATLETA A (EUA , 2020) dirigido por Bonni Cohen e Jon Shenk, aborda e discute o tema assédio sexual no contexto dos esportes de alto rendimento. A obra traz relatos, depoimentos e investigações sobre o maior escândalo de abusos sexuais ocorridos dentro da Federação de Ginástica dos Estados Unidos da América (U.S Gymnastic), contra atletas olímpicas de ginástica, sendo este talvez, o maior escândalo na história dos esportes daquele país. O documentário mostra a linha invisível entre assédio moral e assédio sexual contra mulheres desportistas de alto rendimento em ginástica olímpica. 
As relações de poder existentes dentro da Federação de Ginástica dos EUA, permitiram que atletas fossem abusadas pelo médico da equipe feminina de ginástica (Larry Nassar), e com a conivência de treinadores e gestores da própria federação, onde a violência sexual e abusos contra as mulheres atletas, se perpetuaram e perduraram por décadas, através da imposição do silêncio, da culpabilização das vítimas e da impunidade.
A mobilização de atletas da equipe de ginástica e de seus familiares, principalmente das mães, contra os agressores sexuais, somadas às avalanches de denúncias e também à coragem das vítimas, provocaram um virada de mesa, promovendo o julgamento e a prisão dos culpados, criando também um fato inédito na história dos esportes dos EUA e do mundo, já que tais eventos tiveram grande repercussão nas olimpíadas e em todo a imprensa mundial. O documentário mostra o poder das mobilizações e do enfrentamento feminino, realizado por mulheres atletas contra as relações de poder existentes dentro do universo machista e misógino do mundo esportivo e de suas federações.
 

O Milagre de Tyson


 

(Escrito por Renato Coelho)

O autismo é um transtorno, que produz nos sujeitos, certas limitações de comunicação e também dificuldades nos relacionamentos sociais. A palavra autismo deriva do grego "autos", e cujo significado vem de "em si mesmo", que denota uma condição ou estado de uma pessoa que possui um contínuo estado de concentração em si mesma. O filme "O Milagre de Tyson" produzido em 2022 e dirigido por Kim Bass, mostra o personagem Tyson Hollerman, um jovem estudante autista, que após ingressar em uma escola tradicional, passa a enfrentar grandes preconceitos, constante discriminação e o bullying. Porém, com a ajuda de um amigo maratonista, consegue derrubar as barreiras e os estigmas sociais de sua geração, através da luta pelos seus sonhos e do enfrentamento cotidiano.